Há sonhos que queríamos ter,
há verdades que preferimos esquecer,
há suposições que não queríamos encarar.
Quando a tulipa morre,
a mente se esvai,
não se pensa ao mesmo tempo em que chora,
mesmo que a lágrima evite.
A si próprio a força ataca,
não se pode ser maior,
impossível encarar.
E como encarar a alma
enquanto a estrela ainda brilha
e um imenso laranja brota?
Eu juro que tentei.
Para quem eu juro?
Os meus passos forço sozinha,
não fui ensinada.
É a mim que juro.
É por não encarar a alma,
que os olhares podem ser desvendados, lidos, escritos.
Sentidos.
Sentimentos são facilmente domáveis,
talvez fácil demais.
Mas impulsos são fatais.
setembro 29, 2009
setembro 22, 2009
Farejador
Respirando cada gota manchada,
Ignorando qualquer suspiro,
Evitando olhar o relógio,
Aproveitando cada gesto.
Farejador, cruel Farejador.
setembro 14, 2009
Para deslembrar
Senti o ato.
E o recusei.
Não o queria.
Não mesmo.
Mas quando percebi;
Já dava vida ao infeliz.
E o recusei.
Não o queria.
Não mesmo.
Mas quando percebi;
Já dava vida ao infeliz.
setembro 08, 2009
Vazio
Ele se agarrou a terra,
esperou que o mundo parasse de se mover.
Mas o solo parecia se inclinar debaixo dele.
O mundo estava girando, sempre girando.
Ele cuspiu, enxugou a boca.
Os músculos do estômago pareciam doloridos, contraídos.
Fechou os olhos.
Ninguém dentro dele.
esperou que o mundo parasse de se mover.
Mas o solo parecia se inclinar debaixo dele.
O mundo estava girando, sempre girando.
Ele cuspiu, enxugou a boca.
Os músculos do estômago pareciam doloridos, contraídos.
Fechou os olhos.
Ninguém dentro dele.
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