janeiro 28, 2010

Quase 23

Foram tantos os lugares por onde passei
Que nem sei onde estou.
Ilustro paisagens, que você diz que inventei.
Faz parte da viagem.
Vago em um jardim de plantas diárias.
Parece que o inferno congelou,
Vou erguer as velas, puramente aquecer o céu.
E que Rapunzel aguente como deve ser.
Você diz tudo que sabe, sem saber.
Enquanto reviro discos, que nada têm a dizer.
23:22. Não toque assim de leve, para se divertir.
Pode me dar uma passagem para o céu,
Mas talvez eu queira outras paisagens.
Para menores preocupações, bata a porta.

janeiro 26, 2010

Todas

Queridas,
vocês só tem sentindo pra quem as ama.
E significado não é suficiente para descreve-las.
Afinal como descrever algo escrito?
Companheiras de sentidos,
carrego algumas, espalho outras.
Umas são simplesmente lembranças.
Metaforas não remetem.
Sutis e fortes, doces, fracas.
Todas vocês.

janeiro 20, 2010

Tudo posso entre aspas

Sinto muito,
não era minha intenção te esquecer,
em cima da cabeceira.
Melhor que eu,
sabemos o que significa.
Entrei e vi,
esquecida fui por tanto tempo,
ainda muito mais serei.
Sei que posso,
e acho certo.
Não, agora não vou contrariar.
Apenas deixe que as aspas afirmem seu lugar.

janeiro 05, 2010

The sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence.

Paul Simon